segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Pré-distinada a ser

Hoje.
Hoje fazem-se planos e constroem-se amanhãs predefinidos.
Hoje dizem-nos aquilo que devemos ser, sem deixar que isso parta da nossa própria cabeça.
Hoje, não nos dão a possibilidade de passar pelas coisas para depois escolher que rumo tomar.
Ao invés disso, escolhemos primeiro e depois sim, passamos pelas coisas.
Hoje não deixam que o amanhã seja uma incógnita, porque a estandartização impera! Está tudo escolhido, tudo definido, tudo se adivinha, tudo se sabe.
Liberdade? A mesma Liberdade que os Alemães queriam quando derrubaram o Murro de Berlim, a mesma liberdade que os deixou tornarem-se "adictos" de coca-cola, ou do Burguer King. A mesma liberdade que sentiam ao vestir-se como queriam, pela primeira vez para muitos. A mesma liberdade com que observavam a selecção de uma Alemanha reunificada ganhar os seus primeiros jogos. As convenções que somos obrigados a cumprir todos os dias, aquilo que "temos de ser" faz-me lembrar a cortina de ferro que caiu faz hoje vinte anos: uma divisão entre aquilo que somos, e aquilo que temos de ser para viver no mundo actual. Claro que não falo da falta de liberdade que os Alemães tinham - essa não a sei, nem nunca a poderei saber. Mas é esquesito ahn? É realmente esquesito que as pessoas continuem a estar presas a coisas, a convenções, a formas de estar pré-definidas. Se eu não tivesse de ser assim, provavelmente seria o que sou hoje, mas seria UNICAMENTE porque queria e não porque está pré-destinado. Convinhamos que esta forma de pensar vai um pouco contra a minha maneira de ser: gosto de ter as coisas todas organizadas, no seu lugar, ter as coisas certas. Mas odeio que aquilo que tenho de ser seja pré-definido, seja previsível.
Um texto um pouco irreal, admito.

Queda do Muro de Berlim - 9 de Novembro de '89 - 20 ANOS

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